Tudo é vazio,
Olho para a parede escura do meu quarto,
E o retrato no quadro quebrado pisca para mim,
Meu Deus,
Que angústia sem fim.
Tenho medo do escuro,
É um escuro abafado,
Quanto mais caminho,
Mais longa me parece à estrada.
Quanto mais caminho,
Mais as trevas se aproximam,
E a luz se afasta de mim.
Meu medo é cego,
Claustrofóbico,
Melancólico,
É doente.
Medo rápido e sagaz,
Fere mortalmente a pele,
Como uma adaga de marfim,
Arrancando furiosamente,
A mão da gente.
Mão que comete pecado,
Pecado proibido,
Aumentando a libido,
E evitando o impossível,
Assim sendo por fim,
Pecado cometido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário