O natal perdeu o sentido que tinha, quando eu era criança meus pais convidavam todos os vizinhos para a ceia de Natal, todos se reuniam no salão da minha casa, cada um trazia um prato de comida, traziam seus filhos, brincávamos, dançávamos, comíamos muito, juntávamos todas as crianças e íamos dar uma volta no bairro sempre passando pela rua de cima, fazíamos amigo secreto e trocávamos presentes, hoje em dia os mesmos vizinhos não se falam mais, as crianças cresceram se mudaram, o fato é que nada mais é como antes, o mundo está em constante rotação, tudo muda, nossa vida muda, nossas prioridades são outras e as vezes é difícil acreditar que algo tão mágico em nossas infâncias possa se perder simplesmente por que você cresceu, (A verdade é que eu queria passar meu natal em Hogwarts) meus natais ainda são incríveis e hoje em dia tem um novo sentido para mim, pois há pessoas novas que apareceram na minha vida nesse meio tempo que foi crescer, e são essa novas pessoas que deram sentido a minha vida, essas pessoas sabem quem são por isso não é necessário citar nomes.
Então como foi o seu Natal?
E como estão suas resoluções do ano que passou ?
Algo ainda faz sentido no seu natal?
"Tudo que encanta meus sentidos e minha alma, deixo registrado aqui! Por que tu sabes que é de poesia a minha vida secreta..."
25 dezembro 2013
08 dezembro 2013
Presentes, Natal, Ano Novo e meu aniversário !
Chegando os meses de comemoração para todo mundo, pois é meu aniversário está chegando também, dia 1º de Janeiro, sim no ano novo, francamente quando criança eu odiava essa data, e nunca gostei de comemorar aniversários, sou meio traumatizada e aniversário para mim é um dia de muito azar, igual a sexta-feira 13, ou talvez eu seja apenas a pessoa mais azarada do mundo, pois toda véspera de ano novo quando estava toda família reunida pra comemorar mais uma virada de ano, sempre acontecia alguma coisa, a última vez que eu lembro foi eu cruzando meu nariz na testa da minha irmã mais nova, o que me fez sangrar quase até a morte (Tudo bem, exagerei, não até a morte, mas que era muito sangue, era).
Hoje em dia eu não ligo muito, pra mim é só mais um dia qualquer, ninguém nunca lembra mesmo, a não ser a minha mãe rsrss (O que é a obrigação dela, já que ela me pós no mundo, a não ser que eu seja adotada, porque as vezes ela esquece também :o ).
Mas esse ano fiquei feliz por um simples gesto do meu marido lindo, que já antecipou meus presentes, sim, ele que me disse que nunca gastaria dinheiro me comprando livros, e me deu logo 6 de uma vez, e disse (_Já é de natal, ano novo e aniversário!).
Mas esse ano fiquei feliz por um simples gesto do meu marido lindo, que já antecipou meus presentes, sim, ele que me disse que nunca gastaria dinheiro me comprando livros, e me deu logo 6 de uma vez, e disse (_Já é de natal, ano novo e aniversário!).
Tudo bem né, que seja de tudo de uma vez, só o fato de alguém me presentear já é o máximo, e não sendo roupas que era o que eu sempre ganhava das minhas tias (Não estou reclamando, elas tinham muito bom gosto), mas não me dão nem roupas hoje em dia rsrss.
Bem aqui estão eles, meus presentinhos maravilhosos, (E obrigada amor!)
30 novembro 2013
Onde mora o coração!
Baixa da Figueira,
Piador,
Bica.
São os nomes dos lugares onde vivi minha pré infância,
Lugares que eu nem saberia que existiam se meus pais não me tivessem falado,
Os lugares de onde fui separada quando ainda nem tinha idade para entender onde mora o coração,
E o meu está nesses lugares,
É tão bom estar de volta, revendo velhos amigos,
Parentes há muito esquecidos,
Meus avôs ainda vivos e os túmulos dos que já partiram,
Um lugar tão bom de morar, queria fugir pra cá,
Mas a parte triste dessa história é que me mudar pra cá não dá,
Meu coração vive no Piauí mais em São Paulo plantei minha raiz,
Tantas coisas inacabadas,
tantos planos ainda pela metade,
As vezes me dá uma vontade de largar tudo lá,
Só pra aqui com minha avó estar.
Da minha Janela eu via a Baixa da Figueira, acordar e ver um lugar tão grande assim e pensar que naquele momento aquela vista inteira é só pra você. |
21 novembro 2013
A vida que não tive!
Vó Edite |
Vó Edite entre os túmulos de suas irmãs, no nordeste é a coisa mais comum tirar foto de pessoas mortas ou ao lado dos túmulos, á esquerda túmulo da Vó Mariquinha e á direita túmulo da Vó Julinha. |
Vó Edite segurando seu bisneto Breno, ela criou a Vó dele, a Mãe e agora ele. |
SAUDADES
"Josielma Ramos"
Simplício Mendes,
Será que um dia voltarei a te ver?
Terra onde nasci,
E onde tão pouco pisei.
Será que ainda subirei em uma arvore de cajá?
No meio do mato
Em seu solo tão árido.
Será que voltarei a ver meu avô e minhas avós?
Os tios que por lá deixei,
Primos desconhecidos.
Será que ainda irei me banhar lá no pinga água?
Não, na seca secou,
E não pinga mais nem uma gota.
Será que ainda verei,
Palmas e árvores de favela,
Tão difíceis de apanhar,
E as galinhas no mato,
E as ovelhas e cabras no pasto seco?
Será que ainda correrei,
Daquela vaca que eu provocava,
Quando tentava chegar perto do bezerro?
Será que ainda verei,
Meu avô matando cabra,
Para a fome matar?
Verei ele lá na roça,
O sustento plantar?
Será que ainda sentirei o cheiro dele?
De cachimbo, pinga, suor e terra.
E da minha avó,
De fogão de barro e lenha.
Ainda verei,
O burrinho empacar na estrada de areia?
E na areia as lagartas verdes,
Lentamente a correr.
Será que ainda verei,
Minha avó doentinha?
Aquela que o médico disse,
Não haver mais cura.
Verei a árvore de juá?
Na frente da casa de Dona Aniza,
Que medo de cobra tinha.
E ficava na cadeira de balanço,
Proseando com vó Edita.
Verei minhas amigas de infância?
Aquelas a quem ensinei amarelinha,
Aquelas que me ensinaram a brincar de roda,
Que comigo corriam entre arbustos no mato,
A roubar os ovinhos dos passarinhos.
Será que ainda verei o centro da cidade?
Onde todo domingo,
Minha avó me levava para tomar sorvete.
Verei os ônibus de viagem,
Levando o povo para outra cidade,
Com aperto e saudade,
Por deixar a terra amada.
Talvez eu vá embora,
E verei olhos que choram,
E mãos acenando,
Dando-me adeus.
Talvez eu volte,
Com saudades no peito,
E uma vontade veloz,
De ali plantar minha vida,
De ali rever minha família.
Essa foto tirei da janela do ônibus no dia de nossa partida, ela resume bem o penúltimo verso do meu poema, "Talvez eu vá embora, E verei olhos que choram, E mãos acenando, Dando-me adeus." |
Espero que tenham gostado desse post, pois fiz com muito carinho, falar da minha família nem sempre é fácil pra mim, mais eu amo contar a minha história e tenho orgulho das minhas raízes nordestinas.
Até o próximo!
18 novembro 2013
A Dor
"Josielma Ramos"
Cada poema que escrevo é dor...
Cada palavra que escrevo é dor...
Dói segurar a caneta,
E as vezes um erro é cometido.
Mais então porque continuo a escrever?
Porque continuar com essa tragédia?
Porque essa dor é o que me faz viva,
E essa dor você nunca vai entender!
Cada poema que escrevo é dor...
Cada palavra que escrevo é dor...
Dói segurar a caneta,
E as vezes um erro é cometido.
Mais então porque continuo a escrever?
Porque continuar com essa tragédia?
Porque essa dor é o que me faz viva,
E essa dor você nunca vai entender!
13 novembro 2013
Voltei com muitas saudades e uma mala de histórias para contar!
Duas semanas depois e quase perdendo o avião na ida finalmente cheguei em casa, realizei um sonho de criança que era visitar o Piauí terra em que nasci, mais nunca morei pois vim morar em São Paulo com 1 ano de idade, essas duas semanas foram incrivelmente compensadoras, conheci familiares que não conhecia, revi amigos que só tinha visto a 13 anos atrás, fiquei perto de animais, perto da natureza e até mais perto de Deus, dizem que o nordeste é seco sem vida, um lugar esquecido por Deus, mais é onde as pessoas são mais simples e apegadas a ele, aqui em São Paulo temos tudo, temos luxo e não agradecemos o bastante, lá no nordeste por mais seco que seja a vida insiste em fluir, tenho muita coisa pra contar e apenas um post não vai caber tudo que quero contar, então aguardem que até a próxima semana contarei tudo sobre a viagem, sobre os incidentes, sobre meus pais terem deixado suas malas pra trás por causa do trânsito de São Paulo na ida e sobre termos perdido o avião na volta e termos que voltar de ônibus rsrss, 3 dias de viagem mais serviu para nos reaproximar mais, então é isso galera aguardem pelos próximos posts, vou deixar aqui algumas fotos da minha viagem, espero que gostem.
23 outubro 2013
A PRIMEIRA DEPILAÇÃO
Texto retirado da internet, não tinha nome de autor se alguém souber me avise para dar os créditos!
"Tenta sim. Vai ficar lindo."
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.
Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era
O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.
Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".
Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.
Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.
Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.
Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
"Tenta sim. Vai ficar lindo."
Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.
Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.
Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas.
Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.
Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.
Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.
Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era
O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.
Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.
Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".
Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.
Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.
Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.
Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.
- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.
Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.
Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
22 outubro 2013
De Malas Prontas
Se já leram alguns de meus Poemas ou Posts anteriores aqui no blog devem saber que minha maior vontade é conhecer a cidade onde nasci, podem encontrar eles aqui >>>Saudades e boas lembranças, Saudades.
Enquanto uns sonham em conhecer o mundo a fora, no momento eu me contento em conhecer um pedacinho desse Brasil, (Não que eu não queira conhecer o mundo...eu quero...e quero muito), mais no momento quero mesmo é ver a cidade onde nasci e só tive duas oportunidades de visitar, uma aos 4 anos de idade e outra aos 11 e convenhamos eu não podia ir muito longe sem a minha mãe nessas idades, mais agora aos 24 acho que já sou bem grandinha para explorar o lugar e ver tudo que meus olhos não tiveram chance de captar.
Não me lembro de muitas coisas, mais as lembranças que tenho de lá são maravilhosas, as pessoas tem o hábito de discriminar quem nasce no nordeste e vem pra São Paulo, ou mesmo as pessoas que vem de lá esquecem as raízes e sentem vergonha do lugar de onde veio, meus país vieram em busca de uma vida melhor para as filhas e para eles, e graças a Deus tiveram sucesso nisso, talvez por de fato nunca ter conhecido bem o nordeste e os meus país sempre falarem de lá com muito carinho eu tenha tanto orgulho de ter sangue nordestino, muitos não acreditam por causa do meu sotaque paulista, mais querem o que né? vivi minha vida toda aqui em São Paulo.
Estou tão feliz por essa viagem, nunca tive a oportunidade de voltar lá por estar sempre trabalhando, aquela história, quando se tem dinheiro não pode ir, e quando se pode ir não tem dinheiro, dessa vez consegui ter o dinheiro e tempo livre pra ir, só sinto remorso por não ter sido antes da minha avó falecer, mais com certeza passarei para visita-la em seu tumulo.
Bem é isso galera, foi meio que um desabafo rsrss, e essa viagem era uma das coisas em minha lista do Projeto 101 em 1001, esse será o 5º item realizado da minha lista, postarei as melhores fotos da viagem quando eu voltar, espero que gostem.
Beijos
21 outubro 2013
Ao som de Villa Lobos
Ontem foi um dia especial, passei o dia em família no parque Villa Lobos, morando em São paulo desde criança tenho que confessar que foi a primeira vez que estive no parque, uma vergonha eu sei, mas antes tarde do que nunca rsrs.
Andamos de bicicleta, subimos em árvores, li para as crianças, tudo isso com direito até a piquenique, foi um dia ótimo e o novo horário de verão ajudou um pouco.
Andamos de bicicleta, subimos em árvores, li para as crianças, tudo isso com direito até a piquenique, foi um dia ótimo e o novo horário de verão ajudou um pouco.
Tivemos um dia ótimo!
14 outubro 2013
Semanas incríveis
Bem como o titulo sugere, minhas últimas semanas tem sido incríveis, tenho saído bastante, mais do que o de costume, pois não sou muito de sair de casa, isso era um dos itens no meu projeto 101 em 1001, e que já coloquei em andamento junto com mais alguns, por enquanto meus passeios tem sido bem calmos e boêmios como tardes no shopping, ou passeios pela cidade, passar o dia com minha família, sair com meu marido ou até andar de bicicleta, semana passada fui ao cinema assistir Tá chovendo Hambúrguer 2 (Não foi minha escolha de filme rsrss, nunca assisto desenhos no cinema, mas até que foi bem divertido), enfim antes da seção começar, em frente ao cinema havia um palco montado para eventos da semana das crianças, e qual foi a minha surpresa quando vi que o show de abertura dos eventos seria o cantor Toquinho, poderia ser mais perfeito? já falei aqui em um post anterior sobre a minha paixão platônica por Vinicius de Moraes, e Toquinho por algum tempo compôs e trabalhou ao lado dele (Entendam isso é o mais perto que eu chegaria de Vinicius de Moraes, bem isso e o fato de no primeiro Sarau que fui ter conhecido um amigo próximo de Vinicius de Moraes).
Colocarei aqui algumas fotos dessa minha semana incrível:
"Teve aniversário do meu marido lindo" |
"Essa foto eu tirei no caminho da casa da minha sogra, já devo ter dito que vacas são meus animais favoritos, eu fiz meu marido parar a moto só pra registrar essa imagem" |
"Teve aniversário da Bruna sobrinha do meu marido" |
"Passei um tempo com minhas sobrinhas, Sophia e Júlia" |
"Essa foto também tive que fazer meu marido parar a moto, (eu faço muito isso, ainda bem que ele não fica bravo) A cidade da foto é Santana de Parnaíba, a cidade em que vivo. |
"Essa foto tirei no shopping tamboré, fiquei do ladinho do palco, a imagem não tá muito boa por causa do celular, mais ficou melhor do que pensei que ficaria, a voz de Toquinho é mais linda ao vivo" |
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Meu primeiro Vlog | Treino da fé | Corrida de rua
Na sexta-feria santa rolou o treino da fé que é uma corrida de rua que vai de Perus até Pirapora do bom Jesus, como eu sou a pessoa mais at...
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