22 janeiro 2014

Quando estou triste!

 Às vezes do nada me bate uma depressão, uma tristeza profunda, do tipo que me faz afundar no sofá, assistindo filmes que não fazem sentido porque na realidade não estou prestando atenção ao enredo e sim em uma ligação estranha com meus pensamentos, ou pior a tristeza é tão profunda que acordo já com o sintoma e nem sou capaz de levantar da cama, olho para o teto e fecho os olhos desejando poder voltar a dormir, mais o sono não vem, então me mexo de um lado pro outro da cama, normalmente essa hora em que acordo meu marido já saiu para trabalhar, então vou rolando até o lado dele na cama que é onde fico segura naquela hora da manhã, são minutos de segurança, até o calor do edredom me fazer suar me deixando desconfortável e me obrigando a pular da cama, e é exatamente no momento em que meus pés tocam ao chão que saio da minha zona segura e caio de cara no mundo, onde me sinto mais uma vez triste.
Essa tristeza às vezes dura dias ou semanas inteiras, da mesma maneira que às vezes ela some, simplesmente desaparece me dando algum tempo de alegria e segurança momentânea, só que quando minha felicidade chega ao seu ápice, novamente me sinto em uma montanha russa de emoções e a tristeza vem e me abate como um animal encurralado sendo caçado.
Mas não posso reclamar dessa depressão que me consome por dentro, ela me inspira e me faz escrever bons poemas, o momento em que pego papel e caneta passa rapidamente de depressão para felicidade e depois tragédia, por que é assim que a maioria dos meus poemas acabam, em tragédia, mais isso é bom também, pois os mais belos poemas são escritos no momento de tristeza, na minha opinião os mais lindos poemas não são o de amor e sim os de tragédia e amor não correspondido, aquele amor inalcançável, porque assim você nunca subestima o ser amado, e ele fica sendo eternamente um mistério perfeito, nada mais que um sonho.
E assim são os meus dias, as minhas noites é claro são mais calmas, simplesmente me deito, olhando a escuridão do meu quarto, ouvindo o som abafado do ventilador, mês de janeiro faz um calor, e assim o sono vai chegando, me trazendo sonhos, enquanto faço planos e os sonhos me trazendo ideias, me tirando da depressão e me dando a ilusão de que ao acordar serei feliz e a tristeza ao pisar no chão não me alcançará. 

4 comentários:

  1. nossa muito profundo suas palavras amei o texto

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    1. Obrigada, as vezes só as palavras entendem o que passamos

      Beijos

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  2. Que bom que temos a poesia para nos acalantar! =)
    Belo texto Josie!

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    1. Um poeta reconhece a dor de outro poeta, a poesia é nossa corda de salvação.

      Obrigada :)
      Beijos

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