23 agosto 2013

Frida Kahlo


Hoje quero falar sobre um assunto que  me enche de alegria e cores , a pintora mexicana Frida Kahlo. conheci a Frida há alguns  anos através de um documentário que não lembro o nome, eu era criança quando o vi, e conhecendo sua história, sua vida, seus quadro me apaixonei automaticamente. 
Gosto de histórias reais e com ar de nostalgia, que fala de amores sofridos e tragédias muitas das quais as vezes não tem final feliz.
As cores que ela usava em suas obras, seus traços consigo enxergar seu sofrimento em cada pintura e mesmo assim é tudo tão belo e intenso.


Nome de batismo Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón, nasceu em uma cidadezinha chamada Coyoacán nos arredores da Cidade do México, na casa Azul (que está lá até hoje) onde moravam seus pais em  1907. Frida se autodenominava Filha da Revolução,desde muito jovem entrou no Partido Comunista Méxicano onde conheceu o pintor e muralista Diego Rivera seu eterno amor e com quem desenvolveu seu dom para pintura. Mas ela já havia passado por grandes tragédias em sua vida que lhe trouxeram até ali, aos 6 anos contraiu poliomelite e aos 18 sofreu um trágico acidente que lhe perfurou todo o corpo e a obrigou a usar coletes ortopédicos por toda a vida, tantos meses de cama serviram para ela desenvolver a pintura, ora nos próprios coletes de gesso que seguravam sua coluna ora nas telas e cavaletes que eram adaptados em sua cama.

Em suas pinturas ela sempre procurou exaltar a identidade nacional mexicana, e levou isso para vida também, usava roupas tradicionais do país e se enfeitava com muitos colares e adornos,fazia tranças no cabelo e enfeita com flores e penas. As saias longas ajudavam a esconder sua deficiência nas pernas, as botas coloridas com salto irregulares amenizavam a diferença entre as pernas que a poliomelite lhe causou e os inúmeros colares, adereços e penteados extravagantes chamavam atenção para seu rosto e colo, fazendo assim com que suas “dificuldades” físicas passassem desapercebidas. Ela e Diego passaram uma temporada em Nova York, e sempre me pergunto a reação das pessoas daquela época ao verem pelas ruas uma figura tão exótica e cheia de personalidade como Frida.



Este casamento tempestuoso, que passou por muitas brigas (ambos tinham personalidade forte), amantes (Diego tinha inúmeras e Frida era bissexual e teve caso inclusive com Leon Trotski), traições (Diego teve um caso e filhos com a irmã mais nova de Frida) e tentativas de suicídio (além da dor da traição seus problemas físicos a impediam de dar um filho á Diego) foi também motivo de muitas dores para a a artista mas ambos se amavam e Diego em sua auto biografia menciona o dia da morte de Frida como o pior dia de toda sua existência. Especula-se que a morte de Frida se deu por suicido através de remédios ou por ciúme de alguma amante de Diego, mas o certo é que Frida morreu vendo sua obra ser glorificada mas sem deixar de lado toda sua dor. No seu atestado de óbito a causa é uma forte pneumonia agravada por seu estado delicado que causou embolia pulmonar. Em seu diário ela deixou uma última frase que nos faz pensar em todo o martírio sofrido por ela em sua existência: ”Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar – Frida”


50 anos após a morte de Frida Kahlo, todo seu espólio que estava sob os cuidados de Diego Rivera foi aberto á apreciação pública. O tempo de 50 anos se deu por ordem do próprio Diego para que se preservasse a intimidade da artista. Então desde novembro do ano passado, existe no Museu Casa Azul (casa onde Frida nasceu, viveu e morreu) um exposição com 300 vestidos, trajes de banho,coletes de gesso, aparelhos ortopédicos, sapatos, fotos e acessórios. Eu torço para que esse acervo venha para o Brasil, imaginem só ver de pertinho todos aqueles vestidos e acessórios incríveis da artista que vemos em fotos e representado em quadros, inspirados na cultura indígena mexicana. Deve ser muita emoção e uma enorme fonte de inspiração.


Para quem quer saber mais sobre Frida Kahlo e toda sua obra, tem um livro da Taschen que chama “Frida Kahlo: Dor e Paixão 1907-1954” que é ótimo pois além de ter sua história tem muitas fotos e quadros. E também o maravilhoso filme FRIDA (2002) com Salma Hayek no papel principal, um filme lindo, com fotografia maravilhosa e que conta esta história da artista de forma doce apesar de ser tão trágica, vale á pena assistir.
Filme FRIDA (2002) com Salma Hayek 
Adoro falar sobre artistas que me inspiram e como não poderia deixar de lado minha querida Frida, seus quadros pra mim são sua visão de poesia.

"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade."
Frida Kahlo
Até o próximo post!


8 comentários:

  1. Olá Josie, que post sensacional! Muito informativo e realmente sobre uma grande personalidade. Sabia muito pouco sobre ela, adorei conhecer mais!

    Abraços, Isabela.

    www.universodosleitores.com

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    Respostas
    1. Obrigada Isa...

      Eu amo demais a Frida e a cultura Mexicana, tem muito mais que eu gostaria de escrever sobre ela, pois sua vida foi cheia de altos e baixos e muito drama, mais acho que só nesse post não caberia tudo e nem as imagens de todos os seus quadros :)

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  2. Oi Josie, realmente a vida de Frida é fascibante e rica. Bjos e um bom finde.

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  3. Tem tag para você em meu blog, da uma olhadinha lá, beijos

    http://blogdiariodabrancadeneve.blogspot.com.br/2013/08/tag-conhecendo-o-blog.html

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  4. Oi Josie! Parabéns pelo post, muito completo.
    Beijos!

    http://manubotti.com/

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