28 janeiro 2013

Sem Inspiração

"Josielma Ramos"

Estava eu sentada,
E o tempo a esquentar,
Olhando ao redor,
Vendo o tempo passar,
Procurando inspiração,
Onde eu pudesse,
Minha poesia encaixar.

Tão difícil é,
Escrever com o coração vazio,
Minha mente não para,
Trabalha, vagueia, voa indo e vindo,
Mais não flui nem um pouquinho.

Talvez meu coração precise de mais carinho,
Mais ai talvez...
Talvez no caminho,
Ele pare de vez.

Pois um coração acalmado,
Não serve para poesia escrever,
Somente um coração despedaçado,
Seria capaz de entender.

Alma


"Josielma Ramos"

A angústia e a dúvida,
Caem sobre mim,
É tudo que resta,
De um passado que não vivi.

Sou hoje sombra de luto,
Névoa encardida,
Velharia esquecida,
Sombra de alma...
De alma assassinada.

Lá fora tudo é triste e frio,
Minha alma chora,
De vergonha e dor.

Som alma triste sem vida,
Alma sem coração... Perdida e sem razão,
Alma sem inspiração.

23 janeiro 2013

SAUDADES

Escrevi esse poema a mais de quatro meses atrás, antes da minha avó falecer, faz 3 meses que ela se foi e fazia alguns anos que eu não a via, fiquei triste com um vazio e um peso na consciência, por que tive várias chances de ir visita-la se eu realmente quisesse, mais fiquei inventando muitas desculpas talvez fosse por que não queria vê la na situação que ela se encontrava, me lembro dela quando eu era bem pequenina, me contanto várias historias, minha avó era analfabeta mais era um livro humano de historias e poesias, devo um pouco da poeta que sou totalmente a ela, a primeira pessoa a me contar uma historia e me fazer pegar gosto pela leitura, mesmo que ela não soubesse na época que era isso que ela estava fazendo, pra ela só diria uma frase: "SINTO SAUDADES DE VOCÊ"

como eu dizia escrevi esse poema a mais de quatro meses atrás, e não pretendia publica-lo aqui, mais a pedido da minha MÃE, que chorou muito quando eu o li para ela, vou posta-lo:_Espero que fique feliz Mamãe chorona...

Foto: Rosângela Santos
foto tirada pela minha prima, em uma viagem a Simplício Mendes-PI
Árvore de Juá que fica em frente a casa de Dona Aniza, irmã de minha avó.


SAUDADES

"Josielma Ramos"

Simplício Mendes,
Será que um dia voltarei a te ver?
Terra onde nasci,
E onde tão pouco pisei.

Será que ainda subirei em uma arvore de cajá?
No meio do mato
Em seu solo tão árido.

Será que voltarei a ver meu avô e minhas avós?
Os tios que por lá deixei,
Primos desconhecidos.

Será que ainda irei me banhar lá no pinga água?
Não, na seca secou,
E não pinga mais nem uma gota.

Será que ainda verei,
Palmas e árvores de favela,
Tão difíceis de apanhar,
E as galinhas no mato,
E as ovelhas e cabras no pasto seco?

Será que ainda correrei,
Daquela vaca que eu provocava,
Quando tentava chegar perto do bezerro?

Será que ainda verei,
Meu avô matando cabra,
Para a fome matar?
Verei ele lá na roça,
O sustento plantar?

Será que ainda sentirei o cheiro dele?
De cachimbo, pinga, suor e terra.
E da minha avó,
De fogão de barro e lenha.

Ainda verei,
O burrinho empacar na estrada de areia?
E na areia as lagartas verdes,
Lentamente a correr.

Será que ainda verei,
Minha avó doentinha?
Aquela que o médico disse,
Não haver mais cura.

Verei a árvore de juá?
Na frente da casa de Dona Aniza,
Que medo de cobra tinha.
E ficava na cadeira de balanço,
Proseando com vó Edita.

Verei minhas amigas de infância?
Aquelas a quem ensinei amarelinha,
Aquelas que me ensinaram a brincar de roda,
Que comigo corriam entre arbustos no mato,
A roubar os ovinhos dos passarinhos.

Será que ainda verei o centro da cidade?
Onde todo domingo,
Minha avó me levava para tomar sorvete.

Verei os ônibus de viagem,
Levando o povo para outra cidade,
Com aperto e saudade,
Por deixar a terra amada.

Talvez eu vá embora,
E verei olhos que choram,
E mãos acenando,
Dando-me adeus.

Talvez eu volte,
Com saudades no peito,
E uma vontade veloz,
De ali plantar minha vida,
De ali rever minha família.

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