17 outubro 2017

Laranja Mecânica de Anthony Burgess - Resenha de Thales Augusto


Sinopse: Laranja Mecânica (A Clockwork Orange) é um romance distópico de Anthony Burgess publicado em 1962. Situado na sociedade inglesa de um futuro próximo, que tem uma cultura de extrema violência juvenil, onde um anti-herói adolescente dá uma narração em primeira pessoa sobre suas façanhas violentas e suas experiências com autoridades estaduais que possuem a intenção de reformá-lo. É parcialmente escrito em uma gíria influenciada pelo russo e inglês, chamada "Nadsat". É uma sátira à sociedade inglesa.
O romance foi inspirado em um fato real ocorrido em 1944: o estupro, por quatro soldados estadunidenses, da primeira mulher do autor, Lynne. A leitura é difícil, pois Burgess inventou uma linguagem em gírias para ser falada por adolescentes. A linguagem causa estranhamento nos leitores e os termos eslavos e palavras rimadas exigem dedução para o entendimento. A maioria das edições do romance é acompanhada de um glossário.
Em 2005, Laranja Mecânica foi incluído na lista da revista Time dos 100 melhores romances anglófonos escritos desde 1923,  e foi nomeado pela editora Modern Library e seus leitores um dos 100 melhores romances anglófonos do século 20. O manuscrito original do livro se encontra na Universidade McMaster em Hamilton, Ontario, Canadá, quando a universidade comprou o manuscrito em 1971.

Resenha: O livro Laranja Mecânica foi dividido em três partes, cada parte com sete capítulos, cada capitulo com um enredo a parte, magnifico e surpreendente.
A primeira parte retrata o período um pouco antes de Alex ser preso, mostrando os atos dele e seus amigos.  Vemos nesta parte a crueldade de Alex com apenas 15 anos demonstrando uma enorme violência, esta parte para pessoas que são frágeis é bom nem ler, pois é violência por violência mesmo, não tem um motivo para tamanha crueldade.
Na segunda parte se passa na prisão e começa com Alex descobrindo e submetendo-se ao Método Ludovico, essa parte é referente às torturas que Alex passa na prisão, a ultima parte é a volta de Alex a sociedade, modificado pelo método, de certo modo, é nessas duas últimas partes que dá pra você viajar sobre as intenções do autor ao escrever sobre lavagem cerebral. O governo claramente tentando controlar o instinto humano, com um método horrendo, o ser humano que é algo imutável, podemos refletir se isso seria uma opção viável.
O livro todo é narrado em primeira pessoa pelo personagem principal Alex, o que torna o livro ainda mais interessante, fazendo com que você se sinta parte da historia, o livro tem um linguajar próprio que as vezes se torna complicado de se entender, mesmo com o glossário se torna complicado, mas conforme você vai lendo, os termos vão se repetindo e se tornando  familiares e os novos ficam mais fáceis de serem interpretados.
Algo que eu achei estranho na leitura deste livro, que eu não sei dizer se  foi intencional do autor, o personagem Alex consegue que mesmo com toda a sua crueldade ele consegue em alguns momentos ser adorado pelo leitor é uma mistura de sentimentos, em uns capítulos queremos a sua morte já em outros sentimos pena dele, isto é algo meio louco, sentimos raiva, nojo, pena, ódio, pena de novo e em raros momentos chegamos a ter simpatia por Alex.

Penso eu se a intenção do autor era fazer com que refletíssemos sobre a complexidade do ser humano, do governo e da sociedade, se era ele conseguiu com maestria, á todo o momento pensamos a que ponto chega a maldade do ser humano.

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