No mundo non me sei parelha,
Mentre me for como me vai,
Cá já moiro por vós, e - ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, desd'aquel'di, ai!
Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelha
D'haver eu por vós guarvaia,
Pois eu, mia senhor, d'alfaia
Nunca de vós houve nem hei
Valia d'ua correa.
Tradução para os dias de hoje:
No mundo não conheço outro como eu,
enquanto me acontecer como me acontece:
porque já morro por vós, e ai!,
minha senhora branca e vermelha,
quereis que vos censure
quando vos eu vi em saia? (em corpo bem feito)
Mau dia me levantei
que vos então não vi feia!
E, minha senhora, desde então,
passei muitos maus dias, ai!
E vós, filha de D. Paio
Moniz, parece-vos bem
ter eu de vós uma garvaia? (manto)
Pois eu, minha senhora, de presente
nunca de vós tive nem tenho
nem a mais pequenina coisa.
This is beautiful, so inspiring! :)
ResponderExcluirthank you, it really is a very beautiful poem.
ExcluirOie Lindona.
ResponderExcluirNossa que bacana você trazer para cá o primeiro texto em língua portuguesa =).
Não conhecia e adorei ler.
Super beijo minha linda.
http://sabrinaikeda.blogspot.com.br/
Eu não conhecia esse texto, mas depois de pesquisar um pouquinho o encontrei e achei muito interessante, e se tratando de um poema eu tinha que ter ele aqui no blog rsrrs.
ExcluirBeijos <3