Olá, leitores!
Eu terminei de ler o primeiro livro do desafio 12 meses literários e hoje trago para vocês a resenha de uma das maiores obras naturalistas da literatura brasileira!
Título: O Cortiço
Autor: Aluísio de Azevedo
Editora: Ciranda cultural
Ano: 1890
Sinopse: Há várias razões pelas quais a leitura de O Cortiço é indispensável. Ele foi publicado em 1890, e é um romance com características do movimento naturalista. é uma das obras mais importantes desse movimento, pois denuncia que, diante de um ambientedegradado, as pessoas ás vezes comportam-se como animais.
Isso é mostrado por meio do ambiente no qual o romance se passa: um cortiço, onde pessoas vivem aglomeradas, e também por meio das ações de seus personagens, como o caso trágico de piedade, portuguesa esposa de jerônimo, que se entregou ao álcool após perder seu marido para Rita baiana, mulata sensual que “fisga” o português ambicioso, dono do cortiço, que enriquece conforme seu estabelecimento cresce e se enche de moradores.
Esse divertido enredo denuncia também os problemas sociais existentes no século XXI (muitos deles ainda existentes no século XXI), como pobreza, adultério, corrupção, formação de moradias em lugares inapropriados, e apresenta a maneira como as pessoas desses conglomerados viviam, explorados por alguém (no caso, por João Romão) que enriquece a custa das necessidades dos mais pobres. Além disso, trata de tabus da sociedade, como homossexualidade, alcoolismo e prostituição.
Resenha: João Romão é um português avarento e muito ambicioso, com muito esforço ele torna-se proprietário de uma venda no subúrbio do Rio de Janeiro, após passar por inúmeras privações econômicas a sua ganância por enriquecer possibilitou a compra de muitas terras ao redor de sua venda, na qual ele iniciou as construções onde futuramente surgiria um dos principais cortiços da sociedade carioca, o cortiço de São Romão.
Logo o cortiço se tornou tão grande que já habitava grande parte da população local. Lavadeiras, britadores, engomadeiras e muitas outras classes trabalhadoras começaram a criar uma identidade cultural própria. O cortiço mostra a preocupação em denuciar as condições precárias e inumanas dos cortiços daquela época. O autor retrata os personagens em seu aspecto mais primitivo, conseguimos perceber um ar animalesco que as torna parte de um aspecto incivilizado.
Eu adoro livros que tenham muitos personagens e ainda mais quando eles tem suas personalidades tão marcantes, o livro é narrado em terceira pessoa e ainda assim podemos entrar na mente dos personagens e saber o que eles pensam. A leitura é tão leve e tão fácil que você se sente ali, dentro daquele cortiço, vivendo os conflitos de seus morados e suas realizações.
Apesar da linguagem ser rebuscada ela traz em si alguns costumes linguísticos usados na época pela população carioca, o que contribui para o quadro da narrativa e acentua o dia a dia dos moradores.
A obra se torna dinâmica quando os conflitos começam a surgir desencadeados pelas ações inesperadas de cada personagem.
Essa obra é marcada pelo determinismo e segundo essa filosofia todos os fatos são ecplicados por causalidade, ou seja, por motivos de crenças ou influências, o homem é produto do meio em que vive, entendemos aqui a relação que direciona a doutrina determinista, toda pessoa que se fixa no cortiço está fadado a viver uma condição imutável de miséria e desumanidade.
Essa é uma das obras precursoras da literatura naturalista brasileira, obra máxima de Aluísio de Azevedo, ela reflete com muita frieza o infortúnio de uma população que é castigada pela sua herança social.
Já leu "O cortiço"? deixe ai seu comentário sobre essa obra.
Oi! Tudo bem?
ResponderExcluirGostei muito da sua resenha, ouvi falar sobre O cortiço, várias vezes nas aulas de literatura, porém nunca cheguei a lê-lo. Esperamos um dia, ter vontade e ânimo para ler! rsrs
Amei sua postagem! Beijos!
Blog Mundo literário da Vivi
Olá Vivi, o livro parece ser bem chato e eu demorei tanto para ler com esse pensamento que quando eu o li e vi o quanto era fantâstico fiquei me perguntando porque demorei tanto, é uma leitura tão leve que vpcê termina e pensa, ué, já acabou?
Excluirobrigada pelo comentário, seja bem vinda.