18 dezembro 2017

Meus autores favoritos

Esse é um post muito pessoal, fiz ele pensando com muito amor e carinho que tenho pelos autores que moldaram a escritora que eu me tornei, fiz esse post para o meu blog de trabalho e resolvi compartilhar ele aqui também, caso queiram conhecer o blog é Escritora Ramos.

Todo adolescente é fã de algum galã de cinema, novela ou de bandas e vocalistas, eu era fã de escritores, amava me perder nas páginas de seus livros, ficava horas na biblioteca municipal da minha cidade e eu era uma das poucas pessoas que tinha autorização para levar 3 livros de uma vez para casa, e ler esses livros e conhecer a vida desses autores de alguma forma me moldou a ser o que sou hoje, a paixão literária foi crescendo e a vontade de ser como eles também, e hoje nesse post eu quero falar sobre esses autores que mudaram a minha vida e como me sinto a respeito de cada um deles.



Vinicius de Moraes

1913 - 1980

Desde adolescente eu sempre fui muito apaixonada por Vínicius de Moraes, foi desse amor platônico que nasceu meu amor pela poesia, pelos sonetos e pela música,  foi através dele que nasceu meu fascínio pelo amor e o romantismo. Eu passava horas lendo seus poemas, as músicas que compunha e pesquisando sobre sua vida boêmia e seus muitos  amores, tudo que envolve a obra e vida de Vinicius me encanta e me inspira.


Agatha Christie 

1890 - 1976

Agatha foi quem despertou meu desejo por romances policiais, foi ela que me fez ter curiosidade e me atentar aos detalhes em tudo que eu escrevo, acho que de todos os autores os livros dela foi os que mais li, o primeiro livro que li dela eu tinha quatorze anos e se chamava O caso dos dez negrinhos, e tanto esse como Convite para um homicídio fizeram eu me apaixonar de vez por histórias sobre crimes e detetives, ela faz a gente se prender a esse mundo e devorar seus livros numa velocidade indescritível,  meu sonho é um dia escrever algo tão incrível como ela.

Sidney Sheldon 

1817 - 2007

Ele assim como Agatha me colocou no mundo de crimes e conspirações, o que me fascinava sobre ele além de suas obras incríveis, era que ele ainda era vivo quando comecei a lê-lo, isso me dava a sensação de que um dia eu o conheceria, mas em 2007 ele faleceu e eu fiquei tão triste como se tivesse perdido um ente da família.
Eu comecei a ler os livros dele muito por acaso, minha tia trazia livros da casa da patroa dela e me dava, e no meio desses livros o dele me chamou a atenção, lembro de ir para o cursinho naquela época e ficar namorando os últimos livros lançados dele na livraria que ficava no meu caminho, mas a grande tristeza da minha vida era não poder comprar, pois na época do cursinho eu mal tinha dinheiro até pro lanche, então me contentava com os que eu ganhava, e depois o que facilitou minha vida para ler os livros dele foi a biblioteca municipal, ela salvou minha vida rsrs.

Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto)

1923 - 1968

Com Stanislaw Ponte Preta aprendi a escrever com humor, que nem tudo deve ser levado tão a sério.
Na oitava série uma professora de língua portuguesa me apresentou o autor e cronista, foi um dos primeiros autor de crônicas que li na vida, e eu me deliciava lendo as coisas incríveis que ele escrevia, naquela época eu decidi que  um dia me tornaria uma cronista, eu escrevia algumas coisa, mas nunca achei nada bom o suficiente e a poesia me ganhou, mas ainda sou tão maravilhada por esse autor como eu era lá na oitava série, ele foi uma grande inspiração para eu seguir essa carreira.

Charles Bukowski

1920 - 1994

Charles Bukowski eu conheci só muito mais tarde, e não posso me gabar de ter lido muitas de suas obras, mas tem um poema dele que marcou minha vida e minha transição como escritora, na verdade esse poema foi mais um tapa na minha cara e um choque de realidade, bem a cara de Bukowski.
Com ele aprendi que um pouco de safadeza e bebedeira não faz mal a ninguém, aprendi a ser mais critica e um pouco rude, nem sempre ser rude é falta de educação, apenas mostra que ninguém pode dizer o que bem entender para você.

Florbela Espanca

1894 - 1930

No colegial conheci Florbela Espanca através de uma colega que era apaixonada pelos seus poemas, ela costumava escrever trechos dos poemas nos cantos de seu caderno, eu pesquisei sobre a poetisa e me apaixonei e me identifiquei tanto com suas dores,. Conhecida como a poetisa dos excessos, eu aprendi a transformar a dor em poesia graças a ela, pois alguém que sofreu tanto na vida jamais poderia escrever coisas tão lindas, e ela escreveu.

J.K Rowling

1965

Com J.K Rowling eu aprendi que sempre há uma luz no fim do túnel, que sempre se pode contar com a magia que há em nós e ter fé que tudo irá melhorar, que o fundo do poço pode ser sempre mais fundo, mas que no último instante há uma salvação.
Essa mulher é meu maior exemplo de superação, sofreu abuso do ex-marido, passou necessidades financeiras, mas nunca deixou nada faltar para sua filha, viveu de ajuda do governo mesmo sendo constantemente humilhada, mas não deixou se abater e hoje é simbolo de persistência.
Uma de suas frases que é a minha favorita foi citada no documentário 1 ano na vida de J.K Rowling, quando o entrevistador lhe pergunta, o que você gostaria que estivesse escrito na sua lápide, como gostaria de ser lembrada? e ela disse, apenas alguém que fez o que pode com o talento que tinha.

Eu não desejo ser como eles, pois como eles só há eles, mas eu desejo chegar onde eles chegaram e quem sabe um dia ser tão boa quanto eles, espero um dia poder inspirar alguém como eles me inspiraram.

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